sexta-feira, 29 de abril de 2011

Observando o início dos mundos



Especialistas da NASA disseram que o observatório James Webb "obterá imagens desconhecidas" da formação das galáxias e responderá muitas dúvidas sobre a origem do universo e da humanidade.

O James Webb Space Telescope será um grande telescópio de infravermelhos com um espelho primário de 6,5 metros. O lançamento está previsto para depois de 2014.

Ele irá estudar cada etapa da história do nosso Universo, desde o primeiro luminoso brilho após o Big Bang, a formação de sistemas solares capazes de suportar a vida em planetas como a Terra e a evolução do nosso próprio Sistema Solar.

Ou seja, por meio dele será possível ver como tudo começou, fotografar o início do universo... ou quase.



Conheça mais sobre o James Webb, jogando o Scope In Out! aqui.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Não é fácil inovar

No Tumblr do Paralelo Um estou sempre postando curiosidades e imagens incríveis sobre tecnologia, ciência, entre outros. De lá é que coletei a postagem de hoje para o blogue. Acompanhe Karl por lá também!




A primeira versão doméstica do PC ajudou a desacreditar o computador como um item para se ter em casa. Em 1969, a loja de departamentos Neiman Marcus lançou o Honeywell Kitchen Computer. Por 10600 dólares, a moderna dona de casa americana podia ter uma máquina para armazenar e consultar receitas culinárias. Claro que ainda era bem mais barato e prático manter um caderno de papel e o Honeywell foi um fracasso. “Não há razão para que alguém queira ter um computador em casa”, disse Ken Olson, presidente da Digital Equipment Corp., ainda em 1977.



Nem todas as invenções foram introduzidas na sociedade de forma tão gradual. Desde que os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, em 1895, havia o desejo de sincronizar imagem e som. Apresentações de música ao vivo animavam a exibição das películas. Depois foram usados discos, mas os esforços para incrementar o áudio seguiam firmes. Mesmo assim, Harry Morris Warner, co-fundador do estúdio Warner Brothers Pictures, declarou, em 1927: "Quem diabos quer ouvir os atores falando?"


Matéria completa sobre invenções que enfrentaram o descrédito antes de emplacar.



quinta-feira, 14 de abril de 2011

Planetas Habitados


Como a proposta deste blogue não é apenas ficar apenas tagarelando a respeito da novela Paralelo Um, mas também trazer para vocês materiais interessantes em diversos temas. Hoje, publico um conto de André Carneiro*, um dos grandes autores da ficção cientítica do Brasil e do mundo.




— Olhe como são bonitas, milhares de estrelas...
— E quase todas devem ser rodeadas de planetas como o nosso, habitados, provavelmente...
— Custa-me acreditar...
— Os cientistas dizem que há milhões, talvez trilhões de planetas, só nas galáxias mais próximas. A vida existiria como aqui.
— Devo ter pouca imaginação. Acho difícil visualizar planetas habitados, com seres iguais a nós, vivendo como nós.
— Por que “iguais e vivendo como nós”? É pretensão injustificável deduzir que só animais semelhantes tenham desenvolvidos inteligência. E os objetos de forma arredondada, vistos em nossa órbita? Muita gente os vê a olho nu.
— Não seriam pessoas sugestionáveis ou com defeitos na vista? Li num artigo: essas aparições são fenômenos naturais pouco estudados, ou máquinas voadoras feitas aqui mesmo, em experiências secretas.
— Talvez, em parte. Mas já há uma boa documentação e não vejo motivo de espanto em supor que outros planetas do nosso sistema sejam habitados.
— Mas os seres que comandam ou pilotam essas naves espaciais, por que não pousam e entram em contato?
— Não passa de orgulho gratuito pensar que habitantes de outros planetas estejam interessados em dialogar conosco. Esses engenhos talvez sejam minúsculos, comandados a distância. Estarão apenas
nos estudando com seus aparelhos? E é bem possível que eles sejam tão diferentes de nós que não haja uma possibilidade de entendimento imediato.
— Falariam línguas impossíveis de se aprender? Quem sabe emitam ruídos, ou comuniquem-se por gestos...
— Nossos cientistas acabariam descobrindo a chave. Ou eles, mais inteligentes, nos ajudariam a compreendê-la.
— Aquela estrela brilhante não é um planeta?
— É. Ali há condições para a vida. Talvez primitiva e diversa da nossa, pois sua temperatura é extraordinariamente alta.
— Escrevem muitas histórias sobre aquele planeta. Costumam inventar seus habitantes como sendo monstros destruidores, interessados em conquistar a galáxia...
— Histórias e hipóteses... Quem sabe eles têm mesmo duas antenas na cabeça, um olho atrás, outro na frente, quatro braços e seis patas.
— Seria engraçado se fosse assim.
— Por quê?
— Pior se tivessem dois braços, um par de olhos em cima do nariz...
— Seu conceito de beleza é muito exclusivista.
— Gente normal como nós poderia se entender com monstros pavorosos?
— Fique tranqüilo. É provável que eles só existam nas histórias. E descobriram que lá a atmosfera é oxigênio puro. De mais a mais, o terceiro planeta possui só um terço de matéria sólida. O resto é uma substância líquida onde a vida é improvável.
— Esta conversa me abala os nervos. Imaginar monstros pernaltas, com dois olhos na frente. Toque aqui a antena.
— Adeus. Não pense mais no assunto. E saia com cuidado para não incomodar as crianças. Seis patas fazem muito barulho...



Fonte: André Carneiro. Planetas Habitados. In: CAUSO, Roberto de Sousa (Org.). Histórias de ficção científica.
São Paulo: Ática, 2005. p. 27-30. (Para Gostar de Ler; 38)


* André Carneiro (Atibaia, 9 de maio de 1922) é poeta, romancista, contista, cineasta e artista plástico. Na literatura, ramo ao qual mais se dedicou, tem obras publicadas na Espanha, Argentina, França, Suíça, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Itália, Bulgária, Suécia, Rússia, Japão e Estados Unidos. Membro de sociedades artísticas e científicas integra a Parapsychological Association, a Science Fiction and Fantasy Writers of America, e a Academie Ansaldi, de Paris. Foi escolhido "Personalidade do Ano de 2007" pelos editores do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Tempo relativo



Tempo em história steampunk é um conceito que foge dos ponteiros do relógio!

Como explicar os aparatos altamente desenvolvidos em um século XIX, normalmente britânico, às voltas com a revolução industrial de quem herdamos máquinas à vapor?

Em KARL - Paralelo Um (título provisório), a novela que estou escrevendo e reescrevendo, o desenvolvimento tecnológico se deve às viagens no tempo. Existe até agências que trabalham promovendo essa espécie de roteiro turístico; entretanto, muitas coisas não mudaram na cidade onde Karl vive com a família. Devido à grande quantidade de gases poluentes e venenosos (mortíferos mesmo) no ar, além de usarem máscaras, eles aboliram toda forma de mecanismo que gera energia por meio da queima de combustíveis ósseos (como gasolina, diesel). Por isso, para se locomoverem voltaram a andar de carruagens, berlindas, fiacres e por aí vai.

Misturar o velho e o novo é muito divertido.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jogo Pega-alien



O visual "Homens de preto" desse jogo não é muito a cara de KARL, a novela tem um "vizu" mais eclético, misturando o novo e o velho como no estilo steampunk (veja o Tumblr do Paralelo Um). Mas linko esse jogo porque em certo momento da história, mais para o final dela, os pais de Karl desaparecem quando a família sai para acampar. Karl fica sozinho na floresta e acaba sendo abduzido por naves... Dentro delas, ele reencontra seus pais, mas eles se transformaram em cobaias de experimentos estranhos.

Enquanto a história não vem por completo, se divirta com esse desafio. Corra atrás desse alien!



terça-feira, 5 de abril de 2011

A Bao A Qu




Esse personagem, quase parecido com a foto que encontrei, aparece no armazém da família de Karl, quando ele está tentando estudar para as provas finais. A partir daquele momento sucederá um perigo atrás do outro, onde a imaginação de Karl precisará literalmente salvar a sua pele.

Essa história é ambientada em um século XIX desenvolvido tecnologicamente, devido às constantes viagens no tempo que ocorrem.

Espero conseguir publicar essa história em breve, mas enquanto isso, vamos trocando uma ideia por aqui e também no Tumblr do Paralelo Um, falando de literatura, viagem no tempo, tecnologia, ficção científica, alienígenas, monstros e rock 'n' roll.

Quantas dimensões a física conhece?

por Victor Bianchin e Marina Motomura



Oficialmente, apenas quatro, mas há teorias que sugerem até dez dimensões. Uma das correntes científicas que defendem as dez dimensões é a Teoria das Supercordas, que afirma que as dez dimensões interagiriam entre si como as cordas de um violino. Mas tudo fica só na especulação: os próprios cientistas admitem que, com a tecnologia - atual, ainda não é possível comprovar as dez dimensões.



Os dez mandamentos
Na Teoria das Supercordas, dimensões vão de uma simples reta até um conjunto de big-bangs

1. Antes da primeira dimensão, existe a dimensão zero, que é apenas um ponto. A conexão entre dois pontos forma a primeira dimensão, que é uma reta. Nosso conceito de largura vem dessa conexão entre os pontos

2. O plano é a segunda dimensão. Para ser bidimensional, um objeto precisa de dois valores numéricos (correspondentes aos nossos conceitos de largura e comprimento) para ser situado, porque ele tem dois eixos

3. A terceira dimensão é o espaço. Para um objeto, isso significa ganhar profundidade e se tornar tridimensional, ou seja, ser dono de três valores numéricos que o situem (largura, comprimento e profundidade)

4. A quarta dimensão é a duração ou o tempo. Ela é a linha que leva cada ser quadrimensional (como nós, seres humanos) do começo (eu bebê) ao final da existência (eu velhinho). Nós não percebemos essa dimensão, por isso não podemos voltar ou avançar no tempo para ver nossos "eus" passados e futuros

5. Na quarta dimensão, a cada momento, uma série de variáveis define o que seremos no instante seguinte. A versão que fica (o eu "normal") é apenas uma entre infinitas que poderiam rolar (como o "eu viking", "eu pirata" e "eu palhaço"). A quinta dimensão é o conjunto de todas essas versões

6. A sexta dimensão é o caminho entre as possibilidades da 5D. Seria como se todas as suas infinitas versões estivessem dispostas em um plano, como uma folha, e você pudesse dobrar essa folha, encostando um lado (o "eu normal", por exemplo) em outro lado (como o "eu viking")

7a. Os vários "eus" possíveis da 6D estão dentro de um universo. A sétima dimensão pega o conceito de linha temporal da 4D e aplica a todo esse universo, traçando uma linha do tempo que começa no big-bang, evento que teria dado início a tudo

7b. Mas não é só: a sétima dimensão também diz que, assim como cada um de nós, o universo também pode ter várias versões, e estabelece que existem universos alternativos ao nosso, originados do mesmo big-bang

7c. O "nosso" big-bang é apenas uma possibilidade. Podem existir outros big-bangs diferentes que podem ter dado origem a outros universos, os quais também podem ter infinitas versões. A 7D reúne todos os big-bangs e todos os infinitos universos possíveis

8. Imagine que cada uma dessas bolinhas da imagem acima é um dos big-bangs (com seus respectivos universos derivados) existentes na sétima dimensão. A oitava dimensão é um vértice, um ponto de intersecção a partir do qual se pode chegar a qualquer uma das "bolinhas"

9. Partindo da figura da 8D, imagine que o vértice é um ponto onde o plano formado antes pode ser dobrado. A nona dimensão nada mais é do que uma dobra nesse plano, para encostar um big-bang no outro e permitir viajar entre eles - como as viagens entre os "eus" na 6D

10. A décima dimensão é o conjunto de todos os caminhos para todos os big-bangs, que dão origem a todos os universos. Imagine pegar todas as nove dimensões e juntar tudo num pontinho. Essa é a décima dimensão - o fim do caminho, de onde não há mais para onde ir


Fonte: Revista Mundo Estranho